sexta-feira, 18 de dezembro de 2015
sobre pés e tocos
E escava fundo. E enterra a semente para que suas raízes se espalhem. E
longas e firmes, floresça. Dos pés, não importa - um atrás um chute um
passo à frente. Dos pés não importa. Por onde andam os seus caminhos à
pé. E descansa. E arranca a casca folhas secas caraminholas na cabeça
esperança. Sem vírgulas. Os pés que pisam firme junto à mente que
vagueia... é preciso florir - observou - um pé de quê eu não sei.
sábado, 14 de novembro de 2015
desse tanto de es que falam e não diz
e queria te ter só pra mim e assim o guardei em meus segredos. e meus segredos guardados e escondi de você, enfim... um amor que ficou entre as paredes deste quarto escuro. e ouvir os gemidos e suspiros e prantos e os gritos. e foram o prazer... e agora chora. o teu silêncio entristecido
terça-feira, 6 de outubro de 2015
quinta-feira, 18 de junho de 2015
sobre amar e ser amado
talvez a mentira seja mesmo uma questão de sobrevivência, de se encaixar e se acomodar neste tanto de pressão que se pede para ser quem não somos. e nossos quereres se escondem através de palavras que falam sobre aquilo que desejamos ouvir, e que todos sabem que ninguém faz. e talvez este seja o nosso mais sincero e medíocre querer - de sermos um. e assim talvez nos percamos de nós, um pouco da vida, e assim portanto, sobrevivemos.
terça-feira, 19 de maio de 2015
quinta-feira, 5 de março de 2015
paralelas
me desfaço toda, para me refazer. dos pedaços que de mim ficou, que se juntaram a você.
traço riscos no caderno: tenho tanto à dizer.
sobre o silêncio e amores não dito. que viole os miúdos e transpasse meu grito. sobre as tais paralelas que se encontram no infinito.
traço riscos no caderno: tenho tanto à dizer.
sobre o silêncio e amores não dito. que viole os miúdos e transpasse meu grito. sobre as tais paralelas que se encontram no infinito.
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015
sobre os nós que existiram
para te ter na liberdade que lhe é própria, me vi sozinha. restou-me o cheiro do abraço, que em mim ainda doía. e entrelaçava-se por entre as memórias, meus cigarros e bebidas. para que saíssem os monstros da minha mente, tirei a pele, os músculos e coração. tirei de mim, você. E todo você em mim ficou. foi-se embora o que me cobria, me erguia e então parti o que, por insistência, ainda batia.
penso que, na vida, estamos sós. e que dentro deste nós que compúnhamos, o mais belo de ti ficou - a importância de ser um.
- eu repito todas as manhãs, até que possa compreender minhas próprias palavras.
penso que, na vida, estamos sós. e que dentro deste nós que compúnhamos, o mais belo de ti ficou - a importância de ser um.
- eu repito todas as manhãs, até que possa compreender minhas próprias palavras.
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