a gente vê religioso desacreditando do amanhã. a gente vê incrédulo falando em ter fé: acredite!
a gente vê consumista falando sobre guardar dinheiro. a gente vê avarento falando para gastar: que viagem!
a gente vê os turrões falando sobre calma. a gente vê educador falando palavrão: orra!
a gente vê. a gente se vê.
eu vejo a ciência da paz sob um microscópio.
terça-feira, 23 de agosto de 2016
quarta-feira, 10 de agosto de 2016
fito
por entre seus passos descompromissados nas ruas frias ao redor de sua casa - vento gélido, céu cinza com um quase sol - trouxeram à mente, vaga de sono tédio medo rivotril, lembranças de um amor vivido e doído como todos que sentiu. e viu ali, trêmula e em seus gritos abafados, por quanto já fez viver e lembrar de que o amor sempre foi parte de seus caminhos, também frios de ventos gélidos. que uma coisa não passava, e nem outra, se não todas ao mesmo tempo em sua mente. aperta o coração, o pão em sua mão e os olhos, ardentes feito fogo. sinalizou com a cabeça seu maior desejo - o momento por desejar a responder. escreveu em seus papéis como se ali falasse, e relembrando toda cena que não acontecera, para dizer que sim, hoje eu não te quero mais.
quinta-feira, 14 de julho de 2016
Um jazz e dois blues
gosto do sujo, do defeito, imperfeito. do risco, do erro e improviso. gosto do humano! e das músicas, sons e ruídos que a noite produz. eu gosto é do gosto do vinho, cigarro, boca, corpo, cheiro. gosto daquele que sente. que grita e que chora. daquele que ri, e se joga. e que ora. gosto de te sentir no que é. sem máscara ou com máscara. o que te for melhor para ser. porque, às vezes, esconder o rosto é mostrar-se por inteiro. se permitir e se deixar descobrir. gosto de observar e que deixem a fresta aberta. porque seus mistérios também fazem você.
toda vida a noite é mais verdade que aquela vivida pela hipocrisia das manhãs.
toda vida a noite é mais verdade que aquela vivida pela hipocrisia das manhãs.
quarta-feira, 27 de abril de 2016
muda
eu
sou assim: abraço, beijo, agarro, digo que amo, sou grossa, xingo, digo que amo
de novo. se não vou com a cara, nem vem. ou vem e tenta, eu me arrependo
também. peço desculpas. me meto em confusão, depois me arrependo de novo. falo
alto ou não falo nada. mudo de opinião daqui 2 minutos ou enfio a ideia na
cabeça e ninguém tira. penso e repenso. me esforço para me transformar no
melhor de mim. amo. odeio. quase tudo na mesma intensidade. mudo. sou uma muda.
flores e sou.
-e
eu sou assim, quem quiser gostar de mim, eu sou assim. ♪ ♫
terça-feira, 29 de março de 2016
das malas abertas
ansiedade. novo. velho. apego. desapego. rivotril. madrugada. insônia. escritos. ausência. família. paixões. amores. dores. mentiras. manipulação. promiscuidade. assexualidade. insensibilididade. psicopatia. desejo. esperança. descrença. depressão. citalopram. berotec. música. solidão. gatos. fé. moradia. espiritualidade. boderline. faculdade. ausência. cachaça. noite. dia. insônia. diazepam. magia. seriado. foco. dormir. medo. força. cansaço. construtivismo. psiquiatria. psicologia. vitimismo. reforma. imunidade. remédios. cigarro. exposição. ausência. de mim.
Dobra, ajeita e vai!
Dobra, ajeita e vai!
terça-feira, 1 de março de 2016
sobre mim
Escritora descompromissada. Desenhista por ausência de palavras. Atriz dormente. Arte-Educação: semente. Fotografias, gravuras do coração. Zona Leste por convicção.
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